Comunidade Estoril

Wednesday, November 08, 2006

Caminhada alerta para riscos da degradação ambiental

Júnia Leticia

A Associação dos Proprietários de Imóveis e Moradores do Bairro Estoril realizou, em junho, sua 1ª Caminhada Ecológica. O objetivo da atividade, que contou com a participação de, aproximadamente, 70 pessoas, era detectar e registrar os pontos de degradação nas áreas verdes da região. A documentação, feita por meio de fotos, será encaminhada aos órgãos competentes da Prefeitura de Belo Horizonte, com sugestões e propostas para a melhoria ambiental da região.

Além dos moradores do Estoril, a caminhada Ecológica contou com a participação de alunos e professores dos cursos de Educação Física e Geografia do Centro Universitário de Belo Horizonte (UNI-BH), da Polícia Militar e de representantes da Regional Oeste. O Presidente da Associação dos Moradores, Maurício Paceli Machado, enfatiza que a atividade teve como meta conscientizar a comunidade: “É necessária a mobilização para que possamos ter áreas de lazer, mais locais de convivência e, também, para evitar as depredações que a região tem sofrido com o passar dos anos”.

A Caminhada Ecológica foi divulgada por meio de folders feitos pela Associação com o patrocínio de várias empresas e também por um informativo com tiragem de 10 mil exemplares, que foi distribuído em doze bairros. “A participação até nos surpreendeu, porque pessoas dos bairros Grajaú, Estrela Dalva, Havaí, dentre outros, que foram alcançados pelo veículo, procuraram-nos com o interesse de participar da atividade”, conta Maurício Paceli.

A pedagoga Andréia Madeira, que mora no Estoril há dois anos e meio, participou da Caminha da Ecológica com o filho Christian Madeira, de 11 anos. Ela acredita que esse tipo de atividade favorece um maior entrosamento entre as pessoas: “Nós também passamos a ver o que discutimos nas reuniões da Associação, como as ruas sem passeio e os lotes abandonados. Com isso, há margem para assaltantes se esconderem.”

Conhecer o bairro foi uma das razões pelas quais participaram da Caminhada universitários e professores do UNI-BH. “Temos como proposta trabalhar um outro modelo de gestão ambiental, que passa pela ação local e por uma discussão global. Na ação local, entendemos que essa caminhada pode potencializar a leitura dos principais problemas que há nesse bairro, em termos de impacto ambiental. Ao mesmo tempo, a atividade pode aumentar as potencialidades – quais são as áreas verdes, as unidades de conservação...”, diz a professora de Educação Ambiental e Biogeografia do curso de Geografia e Análise Ambiental, Angela Maria da Silva Gomes.

Para o universitário do 6º período do curso de Geografia e Análise Ambiental, Márcio Boufleur, a participação do UNI-BH na Caminhada faz parte de um dos papéis da Instituição, que é conscientizar sobre as questões que o bairro está atravessando, tais como o processo de urbanização. “Com a atividade, podemos fazer um mapeamento da áreas verdes existentes.”

A Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (PBH) foi representada pelo Secretário Municipal da Coordenação de Gestão Regional Oeste, José Flávio Gomes, pelo Gerente de Parques e Jardins, Marcelo Amorim e pelo Gerente de Fiscalização, Eduardo Tolentino. Segundo José Flávio Gomes, para a PBH é fundamental conhecer a realidade da região, junto à comunidade, e discutir com ela alternativas para melhorar a qualidade de vida: “O Estoril e o Buritis são duas áreas que tiveram um crescimento muito grande nos últimos anos, e nós, da Prefeitura, temos de garantir a infra-estrutura. No Estoril, há várias áreas verdes, daí a idéia dessa 1ª Caminhada Ecológica, para que possamos criar um espírito de solidariedade entre os moradores. A comunidade unida e fortalecida fortalece a associação. Esta, fortalecida, junto à Prefeitura, constrói soluções.” E observa: “No somatório de parcerias, destaco como um grande aliado o UNI-BH, que vem somar com a comunidade no estudo e diagnóstico da região.”

Caminhada alerta para riscos da degradação ambiental

Júnia Leticia

A Associação dos Proprietários de Imóveis e Moradores do Bairro Estoril realizou, em junho, sua 1ª Caminhada Ecológica. O objetivo da atividade, que contou com a participação de, aproximadamente, 70 pessoas, era detectar e registrar os pontos de degradação nas áreas verdes da região. A documentação, feita por meio de fotos, será encaminhada aos órgãos competentes da Prefeitura de Belo Horizonte, com sugestões e propostas para a melhoria ambiental da região.

Além dos moradores do Estoril, a caminhada Ecológica contou com a participação de alunos e professores dos cursos de Educação Física e Geografia do Centro Universitário de Belo Horizonte (UNI-BH), da Polícia Militar e de representantes da Regional Oeste. O Presidente da Associação dos Moradores, Maurício Paceli Machado, enfatiza que a atividade teve como meta conscientizar a comunidade: “É necessária a mobilização para que possamos ter áreas de lazer, mais locais de convivência e, também, para evitar as depredações que a região tem sofrido com o passar dos anos”.

A Caminhada Ecológica foi divulgada por meio de folders feitos pela Associação com o patrocínio de várias empresas e também por um informativo com tiragem de 10 mil exemplares, que foi distribuído em doze bairros. “A participação até nos surpreendeu, porque pessoas dos bairros Grajaú, Estrela Dalva, Havaí, dentre outros, que foram alcançados pelo veículo, procuraram-nos com o interesse de participar da atividade”, conta Maurício Paceli.

A pedagoga Andréia Madeira, que mora no Estoril há dois anos e meio, participou da Caminha da Ecológica com o filho Christian Madeira, de 11 anos. Ela acredita que esse tipo de atividade favorece um maior entrosamento entre as pessoas: “Nós também passamos a ver o que discutimos nas reuniões da Associação, como as ruas sem passeio e os lotes abandonados. Com isso, há margem para assaltantes se esconderem.”

Conhecer o bairro foi uma das razões pelas quais participaram da Caminhada universitários e professores do UNI-BH. “Temos como proposta trabalhar um outro modelo de gestão ambiental, que passa pela ação local e por uma discussão global. Na ação local, entendemos que essa caminhada pode potencializar a leitura dos principais problemas que há nesse bairro, em termos de impacto ambiental. Ao mesmo tempo, a atividade pode aumentar as potencialidades – quais são as áreas verdes, as unidades de conservação...”, diz a professora de Educação Ambiental e Biogeografia do curso de Geografia e Análise Ambiental, Angela Maria da Silva Gomes.

Para o universitário do 6º período do curso de Geografia e Análise Ambiental, Márcio Boufleur, a participação do UNI-BH na Caminhada faz parte de um dos papéis da Instituição, que é conscientizar sobre as questões que o bairro está atravessando, tais como o processo de urbanização. “Com a atividade, podemos fazer um mapeamento da áreas verdes existentes.”

A Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (PBH) foi representada pelo Secretário Municipal da Coordenação de Gestão Regional Oeste, José Flávio Gomes, pelo Gerente de Parques e Jardins, Marcelo Amorim e pelo Gerente de Fiscalização, Eduardo Tolentino. Segundo José Flávio Gomes, para a PBH é fundamental conhecer a realidade da região, junto à comunidade, e discutir com ela alternativas para melhorar a qualidade de vida: “O Estoril e o Buritis são duas áreas que tiveram um crescimento muito grande nos últimos anos, e nós, da Prefeitura, temos de garantir a infra-estrutura. No Estoril, há várias áreas verdes, daí a idéia dessa 1ª Caminhada Ecológica, para que possamos criar um espírito de solidariedade entre os moradores. A comunidade unida e fortalecida fortalece a associação. Esta, fortalecida, junto à Prefeitura, constrói soluções.” E observa: “No somatório de parcerias, destaco como um grande aliado o UNI-BH, que vem somar com a comunidade no estudo e diagnóstico da região.”

Exposição marca lançamento de Vilas das Gerais

UNA expõem trabalhos de Yara Tupynambá que ilustram livro escrito pelo jornalista Henrique Leal

Júnia Leticia

Resgatar a história de Sabará. Com esse objetivo surgiu o livro Vilas das Gerais – Sabará (UNA Editora), lançado em agosto no Campus III do Centro Universitário de Ciências Gerenciais (UNA), situado no bairro Estoril. Ilustrado pela artista plástica Yara Tupynambá e escrito pelo jornalista e editor da UNA Editora, Henrique Leal, a obra vem preencher uma lacuna na história mineira.

Vila das Gerais – Sabará é o primeiro volume de uma série de trabalhos sobre cidades históricas mineiras. “A idéia da coletânea surgiu há, aproximadamente, três anos, quando Yara Tupynambá foi convidada a integrar o conselho editorial da UNA. Sabará foi escolhida como a primeira a ser abordada no livro devido à proximidade com Belo Horizonte e pelo carinho que a artista plástica tem pela cidade”, conta Henrique Leal que, já na época, era o editor responsável pela UNA Editora.

O sentimento que Yara Tupynambá nutre por Sabará contagiou Henrique Leal, que retratou, com palavras, a história do município. “O livro, na verdade, é um retrato da paixão que Yara tem pela cidade. De fácil compreensão, com um texto leve e quase didático, a obra pode ser lida por pessoas de 8 a 80 anos tranqüilamente”, destaca o jornalista.

Sabará foi a primeira a ser focalizada no livro devido à constatação da artista plástica de que a cidade estava um pouco esquecida dentro do contexto histórico. “Sobre Ouro Preto há muitas informações. Sabará, que também tem um patrimônio riquíssimo, está muito fora do circuito”, salienta Yara Tupynambá.

Para obter dados Vila das Gerais – Sabará, a artista plástica e o jornalista fizeram uma pesquisa histórica. Foram feitas entrevistas com várias pessoas da comunidade, historiadores, visitas ao Arquivo Público Mineiro e à Prefeitura Municipal de Sabará. Nas pesquisas de Henrique Leal, o que mais chamou sua atenção foi o fato de Belo Horizonte já ter sido distrito da cidade histórica. “Sabará possuía um distrito chamado Belo Horizonte. Então, no final do século XIX, o município cedeu suas terras para a construção da capital mineira. Inicialmente Belo Horizonte chamava-se Cidade de Minas. A partir de 1907 a capital ganhou o nome atual”, conta o jornalista.

Para o Diretor Executivo da UNA, professor Honorio Tomelin, Vila das Gerais – Sabará justifica-se pela necessidade de resgatar a alma mineira. “Isso mostra como somos constituídos. Socialmente, as nossas cidades geraram os costumes que temos e a nossa forma de organização política, não somente como municípios, mas também como Estados e unidade da federação. E Minas Gerais é um Estado que tem um momento sempre afirmativo sobre a organização política brasileira.”

Praça no Estrela Dalva pede ajuda

Júnia Leticia

Construída pela MRV Engenharia em 1997, a Praça Márcio A. Menin, no bairro Estrela Dalva, não tem passado por manutenções periódicas. Segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), a empresa foi condenada a reparar e manter a área até novembro de 2002, por ter feito corte indevido de árvore próximo à região da praça. Entretanto, o que se vê é o abandono de uma área que possui muito verde e ainda abriga alguns brinquedos.

Responsável pelo projeto da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) “Adote o Verde”, Deborah de Miranda Nunes conta que a praça pode ser mantida tanto por pessoas físicas, como jurídicas. “Ao adotar a praça, a pessoa ou empresa responsável tem de implantar o local novamente. Para isso, deve adubar o solo, refazer os jardins e consertar os brinquedos, além de fazer sua manutenção periodicamente”, explica Deborah Miranda.

O contrato de adoção é feito com a Secretaria Municipal da Coordenação de Gestão Regional Oeste, que abrange o bairro Estrela Dalva. O prazo contratual é de, geralmente, dois anos. “A PBH fornece água, luz e mudas de forração (flores e plantas rasteiras, exceto grama)”, esclarece a responsável pelo “Adote o Verde”. Deborah de Miranda ressalta que a PBH realiza visitas periódicas aos locais que são adotados. Caso verifique que a área não está sendo cuidada, pode rescindir o contrato de adoção. A MRV, que não cumpriu decisão judicial, sofre processo aberto na Secretaria Municipal da Coordenação de Gestão Regional Oeste. Segundo o Diretor de Projetos da MRV Engenharia, Hudson Gonçalves, a empresa desistiu da área devido à depredação que a praça sofria. “Havia muito vandalismo. Os próprios moradores do Conjunto Estrela Dalva estavam ajudando a manter o local, mas não conseguiram. Pedimos na Regional que reforçassem a vigilância, mas não tivemos retorno do ofício que enviamos”, justifica.

A Gerente de Áreas Verdes e Gestão Ambiental da SMMA, Márcia Mourão Pereira Vital, explica que o processo de adoção é realizado para que a comunidade participe naquilo que a PBH tem carência. “Em troca da manutenção da área, a Prefeitura permite a publicidade da empresa, feita em placas padronizadas. A PBH define, ainda, a quantidade delas, de acordo com o tamanho da área adotada”, completa a Gerente.

Fique vivo: transitar é legal!

Crianças de Escolas públicas e privadas aprendem noções de cidadania no
trânsito com adolescentes carentes
Júnia Leticia

A atuação por parte de empresas de diversos setores em causas assistências tem sido uma das formas de se desenvolver ações sociais junto à comunidade. Iniciativas isoladas para desenvolver o social, dentro e fora do ambiente de trabalho, são adotadas por entidades como a Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte S/A (BHTrans). Há nove anos a empresa, por meio da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (PBH), desenvolve os projetos Fique Vivo Transitando Legal (que divulga noções de segurança, direitos e deveres no trânsito a crianças do Ensino Fundamental) e Circo Transitando Legal (espaço construído para que a BHTrans e as crianças possam desenvolver ações de cidadania, por meio de atividades e processos lúdicos e educativos). Os programas são sócioeducativos e acontecem no período letivo, de terça a sexta-feira. Com isso, a BHTrans procura reinserir na comunidade adolescentes com risco social ou pessoal.

O Gerente de Educação para o Trânsito da BHTrans, Eduardo Lucas Resente, conta que, em princípio, a empresa assistia meninos carentes com trajetória nas ruas, a partir de 14 anos. “Atualmente temos 89 adolescentes, entre 16 e 17 anos e 11 meses, faixa etária permitida pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. São meninos que, em sua maioria, possuem grande desestrutura familiar.” Ele acrescenta ainda que a PBH atende, hoje, a 400 adolescentes em diversos órgãos. “Há meninos na Empresa de Informática e Informações do Município de Belo Horizonte S/A (Prodabel), na Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), enfim, em várias secretarias. E, agora, a Amas procura fazer parceria com outras entidades, a fim de ampliar a área de atuação dos adolescentes”, salienta.

Os meninos que atuam na BHTrans são encaminhados primeiramente para a Associação Municipal de Assistência Social (Amas), por intermédio do Conselho Tutelar ou do programa Liberdade Assistida, desenvolvido pela PBH. Depois de passarem pelo programa de adaptação e ressocialização, vão para a segunda fase do programa, que consiste no trabalho da BHTrans. “O adolescente é alocado em alguma gerência e cumpre atividades nos escritórios como Office-boy”, fala o Gerente de Educação para o Trânsito.

Para participar do Fique Vivo Transitando Legal ou do Circo Transitando Legal o adolescente deve estar matriculado em uma escola e ser assíduo às aulas, independente da série. Os programas têm duas etapas: em um primeiro momento eles passam por um processo de acolhida em um abrigo da Amas, no bairro Nova Floresta. “Eles ficam, aproximadamente, seis meses nessa casa e lá passam por um período de adaptação, no qual trabalhamos uma série de princípios como, por exemplo, assentar em uma mesa de restaurante, almoçar com talheres e noções básicas de higiene”, informa Eduardo Resende.

A Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte S/A possui uma equipe multidisciplinar formada por educador social, pedagogo e profissionais de teatro para instruir os adolescentes. “O acompanhamento psicológico é realizado pela Amas. Também há uma alfabetizadora porque, apesar de estarem regularmente matriculados, a maioria deles é semi-alfabetizada”, esclarece o Gerente. Ele ressalta ainda que todos os programas desenvolvidos pela BHTrans estão fundamentados no princípio do trabalho e da educação, envolvendo atividades lúdicas.